por Lígia Velozo
Houve uma época em que a mulher não podia votar, só se ocupava dos afazeres domésticos, se casava com quem a família determinasse, tinha quantos filhos viessem, não podia se separar, nem andar na rua sozinha, usar qualquer tipo de roupa, estudava pouco, raramente fazia faculdade, não lhe era permitido dirigir carros… A lista é imensa! Sua vida era conduzida por seu pai, irmãos, se os tivesse e, depois, pelo marido. Eles eram aplicativos de GPS impostos pela sociedade.
Houve muitas conquistas, só que a caminhada ainda é muito longa! Hoje a mulher vota, tem seu trabalho, se não quiser se casar e nem ter filhos, seguirá suas vontades e irá pra onde quiser! Porém, nos dias de vida tecnológica, conduzir pode parecer utópico. Somos mesmo condutoras que decidem para onde vão? Que escolhem seus caminhos? Que leem e assistem ao que realmente desejam? Ou somos conduzidas pelos caminhos criados eletronica e colaborativamente pela máquina?
Além dos impeditivos arcaicos erguidos pela humanidade, ganhamos o véu da tecnologia no comando. É preciso união, empatia e apoio. Enfim, a tal sororidade para ganharmos consciência da nossa força feminina, apropriarmo-nos da autonomia na escolha de nossos caminhos e lidar com as consequências.
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Lígia Velozo Crispino
Mobilizadora cultural, poeta, fotógrafa, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas
Fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas (https://www.companhiadeidiomas.com.br). Mobilizadora cultural à frente do Sarau Conversar. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Coautora do Guia de Implantação de Programas de Idiomas, autora do livro de poemas Fora da Linha, com participações em várias coletâneas no Brasil e uma em Portugal. Colunista da Revista Exame. https://www.linkedin.com/in/ligiavelozocrispino/
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