“Fascismo e capital, aliança criminal”
Um dos slogans mais proclamados nas grandes manifestações do 8 de Março. Cinco palavras que descrevem à perfeiçom o mundo em que vivemos e que luitamos para mudar. O capitalismo e o fascismo precisam um do outro, complementam-se para alcançar objetivos cada vez mais comuns. Nas ruas e nas instituições.
Marielle Franco diz que “as pessoas som ativas, militam, resistem o tempo todo”. Estamos a fazer isso? As últimas eleições gerais espanholas demonstrárom umha grande capacidade de mobilizaçom da “esquerda” como contraposiçom à “extrema-direita mas recalcitrante e envalentonada polo eco de suas próprias vozes na mídia e noutros partidos já nas instituições. “Branquear” o fascismo significa dar-lhe o poder de se misturar na sociedade, como mais umha opiniom, só que contra outros seres humanos; mais um hobby, só que baseado na tortura dos animais ou, por que nom? mais outro “Estado”, Israel, a participar na Eurovisom, enquanto mantém o maior campo de concentraçom do mundo na Palestina. O fascismo é visto como umha opçom política de valor, em vez de ser visto como o que é – umha abominaçom.
Se devemos resistir o tempo todo, deve ser de 365 dias por ano. Somar 365 dias por ano. Para mostrarmos aos fascistas que nom temos medo. Todas nós contribuímos com algo, todos os dias, para fazê-los cair e expulsá-los para a sombra perecível da qual nunca tivérom que sair. Toda a gente deve ser responsável e saber fazer auto-crítica do que estamos a fazer no nosso dia a dia para combater esse flagelo. O ativismo deve ser permanente e visível nas ruas, bairros, centros sociais, mas também nas famílias, empregos e casais. O pessoal e o político devem unir-se e reunir-se todos os dias, cada decisom conta.
Neste número 5, “Receitas feministas antifascistas” encontrarás no artigo central as reflexões de algumas feministas galegas sobre o tema que nos ocupa; além disso, temos fotografia, poesia, reflexom, resenhas literárias, receitas, ilustraçons, passatempos e outros artigos para crescer e aprender juntas. Na nossa seçom Classificadas, encontrarás opções feministas responsáveis para o consumo de bens ou serviços.
A equipa de publicaçom quer agradecer-vos a ajuda para este projeto continuar. A luita feminista e antifascista devem ir sempre de mão. Nom passarám!
Dedicamos o novo número a três mulheres que, de diferentes âmbitos e lugares, contribuírom para tornar o mundo um território mais claro e mais livre: a Marielle Franco, feminista e ativista brasileira de direitos humanos, um ano logo após o seu assassinato; a Agnès Varda, cineasta precursora do olhar feminista do cinema e criadora de imagens livres e comprometidas; e Pastora González Vieites, de Nais contra a Impunidade, toda umha referência galega na luita polos direitos das pessoas presas e contra o sistema carcerário: deixa-nos um ronsel impagável de força, humanidade, valentia e solidariedade do que nunca deixaremos de aprender.
EDITORIAL E CAPA
Editorial por Revirada Feminista
“Receitas FEMINISTAS antifascistas” por Henar Lomba (Henar Atelier Creativo)
POLÍTICA E SOCIEDADE
Sonhando com o Género Selvagem. Entrevista a Xácia Ceive, de Mariola Mourelo e Pablo Andrade
Conversas feministas transformadoras: A LUITA FEMINISTA ANTIFASCISTA, de Sara M. Bello e Giada Maria Barcellona
A luta contra o fascismo começa nas pancartas…, de Helena Carla Gonçalo Ferreira
O Movimento Feminista Jovem de Moçambique (Movfemme)
Protocolo contra as Violências Machistas nos Movimentos Sociais
OPINIOM
Como o feminismo se convirte en arma pacífica de loita, de Ana García
Igualitarista? Feminista? Feminazi? Antifascista?, de Rubén Constenla
Autodefensa e saúde mental, de Paula Tomé Espiñeira
Sobre o feminismo – S.O.S 8M, de Mariola Mourelo
Cristy Tojo, Mención de Ouro 2019
ARTE E CULTURA
ART AND ILLNESS, de Cristina Arribas González
LITERATURA
El botón rojo, de María Pérez
Enfrontamento, de Eli Torres
Fondo Violeta, de Elsa Cabrera
Resenhas literárias nº5, pola libraria Lila de Lilith
SEXUALIDADES, AFECTOS E SAÚDE
ID_Vacío, de Lésbicas Creando
FAI-NO-TI-MESMA
Navegando libres, de Laura M. Castro
A insoportable burocracia de ser autonoma_VI, de Helena Sanmamede
Guía da boa apóstata: Pasos para manter a túa conciencia feliz e tranquila, de Paloma F. Balado
Sou feminista, e agora quê?: Redefinir os cuidados na resistência coletiva feminista (1ª parte), de Mariola Mourelo
Receita vegana: Barriñas de avea, de Andrea Vegabreu
MÚSICA
Playlist de A Resistencia do Dedo Medio
ENTRETIMENTO