por Revirada feminista
Esta foi umha convocatória tam confusa, indefinida e vaga, quanto radical, emocional e imprescindível. O resultado? Um número cheio de perspetivas diferentes e inovadoras, de relatos políticos que vam do mais íntimo e experiencial, à pesquisa e análise de correntes coletivas e alternativas para o aqui e o agora.
O artigo central, escrito pola companheira Sara, chega à raiz do coraçom, tanto para as que consideram como para as que nom, a maternidade como parte da sua vida. As palavras e experiência da Sara transcendem os limites do seu corpo, criando uma dimensom comum onde todas podemos ver-nos representadas, acolhidas ou desafiadas.
Certo que entre números tivemos umha crise interna, sentindo que éramos poucas mãos em frente dum projeto que nom deixa de crescer. A seguir chega a pandemia, afetando-nos com o seu próprio processo. Impedindo-nos de vos fazer chegar os elefantes em que tanto tínhamos trabalhado juntas. Afastando-nos das tam desejadas atividades públicas, em que nos encontrávamos convosco.
Mas pedimos ajuda, e a ajuda chegou.
A Ana Luzia de São Paulo – a morar no Porto – e a Nerea de Compostela, som como massa de terra e água a fortalecer os cimentos da equipa editorial da Revirada. Elas trazem na sua pele a riqueza de novas formas de perceber o feminismo.
Junto com elas a Hilda, Sara, Cristina, Alejandra, Helena, Sheila, Adrián e Gema, que colaboram em tarefas ocasionais.
Terra, Pele e Água é umha viagem eco-lógica, emocional e de resistência feminista, na que juntas criamos o nosso próprio jeito de estar no mundo.
Celebramos neste número 7 duas mulheres diferentes mas interligadas na luta em prol do meio-ambiente. Alicia Puleo, construtora do ecofeminismo dumha perspetiva filosófica desafiando as dualidades do patriarcado. E Berta Cáceres, indigenista e ativista eco-social, que enfrentou as companhias exploradoras dos recursos naturais de Honduras com o seu corpo e vida.
Berta Cáceres (Honduras, 1973 – 2016)
Alicia Puleo (Buenos Aires, 1952)
EDITORIAL E CAPA
Editorial por Revirada Feminista
Capa por Ana Velozo
SABIAS QUE?
Sabias que? Apresentações por Revirada Feminista
POLÍTICA E SOCIEDADE
Prostitución e patriarcado: os puteros invisibles por Paloma F. Balado
Fronteiras ao contacto, o contacto na fronteira. Como construir comunidades afetivo-políticas sem a potência do abraço? por Mari Fidalgo
Loita colectiva desde o feminismo, a solución contra as pandemias? por Ana María García Fernández
Irmandar aos adversarios por Nerea Z. López Campaña
OPINIOM
Libres e soberanas por Sara M.Bello
Cinco sentido e migraçom por Giada Maria Barcellona
Mulher nom é um Sentimento por Xacia Ceive
O que esconde a miña pel por María Pérez
Porque sendo eu, eu sou por Daniela Felipe Bento
Desaprender para resistir. Faladoiro coa miña nai: feridas herdadas por Aranxa Vicens
As pontes: actos de resistencia feminista por Klandestinas
Sereias galegas por Uma Lopes
ARTE E CULTURA
96º por Marina Rosón
Human por Serena Vaquerizo y Carla Zoni
Assimetria por Ana Velozo
LITERATURA
O medo que me habita por Lígia Velozo Crispino
Resenhas literarias n.7 por Libraria Lila de Lilith
SEXUALIDADES, AFECTOS E SAÚDE
Unicornios en tinder por Interludia
Unha mirada amorosa sobre a ansiedade por Mai Insua
BEM-ESTAR
O Lugar das Marías: feminismo, património e natureza na Marinha lucense por Mariola Mourelo
FAI-NO-TI-MESMA
De fronteiras e fendas por Laura M. Castro
A insoportable burocracia de ser “autónoma” – Capítulo VIII porHelena Sanmamede Maneiro
Sou feminista, e agora quê? Lideranças, poder e feminismo por Mariola Mourelo
Pílulas reintegracionistas 2: umha comunidade internacional por Mariola Mourelo
ENTRETIMENTO
Entretimento n. 7 por Revirada Feminista