No Festival Feminista do Porto durante o mês de Março estivemos a apresentar o nº 1 imprenso em papel e a estabelecer uma conversa sobre o que será o tema principal do próximo número que será publicado o 1 de Outubro: FARTAS!
Podemos dizer que foi esta a semente que vá florescer nesse início do Outono e em que desejamos todas vâo participar seja a enviar as próprias propostas em qualquer formato ou a ler, comprar, divulgar compartilhar a revista Revirada.
Aqui algumas das questões que se falaram no Porto e que podem servir de inspiração para todas.
Recordem que a convocatória está aberta só até o 30 de Junho. Contactem com a reviradafeminista@gmail.com para mais informações.
DE QUE É QUE ESTAMOS FARTAS?
- de cuestionar as nosas respostas cando estamos fartas
- Desvalorización traballo no ámbito laboral
- Esixencias (familia)
- Falta de tempo
- Dificuldade pra dicir NON
- Sobrecarga de traballos invisibilizados (ámbito laboral)
- Hipocresía política (concellos) moito manifesto 8M e ningún recurso, medidas para os servizos de atención e prevención da violencia
- Ignorancia atrevida de moitos (sensibilidade cero): actitudes e comentarios anti-feministas
- Do individualismo que non permite compartir os coidados e repartirnos. Morar lonxe en familia nuclear e casas separadas
- Micromachismos nas parellas e nos coidados dos fillxs (dende bebés)
- De fazer tantas contas todos os meses
- De se percam tão rápido conquistas emancipadoras
- Do machismo, do racismo, do capitalismo e do modelo romántico heteronormativo
- Farta da precariedade, de ter que vender os meus saberes e capacidade de traballo ao mercado e deixar de fazer o que me faz feliz.
- Farta de não valorizar o meu trabalho, de crer que não tem valor e de sentir que as demais não o valoram.
- Farta de que reproduzamos dinâmicas patriarcais nas relações com as mulheres: competitividade, ciúmes, egos…
- Estou farta de falar cos meus pais/nais na casa das desigualdades de xénero e que non haxa cambio… e non sentirme escoitada!
- A falta de coherencia, empatía, sororiedade
- Fartx de comentarios homófobos ao sair da microburbulla na que vivemos
- Fartx da violencia do sistema e da estrutura social, da precariedade, etc
- Fartx da falta de mobilidade pública na Galiza (dependencia do central)
- Farta de explicar que é e porque sou feminista
- Farta da gordofobia, da súa violencia e que se relacione con falta de saúde
- Farta de ter que facer que non escoito cando paso polo lado dun grupo de homes
- Farta de ter que explicar que podo facer as cousas por mín mesma
- Farta de ter que escoitar machistadas a diario
- De demostrar que posso
- de fazer didáctica
- de ser cuestionada
- de ser invisible
- de enfadarme
- de que miña voz se perda no valeiro
- de que me den consellos
- de micromachismos
- da presión estética
- de conocer a chicos/hombres (normalmente) de culturas africanas y árabes, aunque también occidentales, y que siempre acabe saliendo el interés sexual. De no poder tener amistad real y cómoda con hombres heteronormativos
- de que se dé por supuesto mi condición sexual como heterosexual, mis roles como mujer y mi identidad de género como mujer, persona.
- de que se diga que el feminismo es lo mismo que el machismo y se ponga en el mismo saco a un tipo de feminismo con todos los movimientos feministas
- del feminismo capitalista occidental, la islamofóbia, etc… no informarse y hablar sin saber
- de que me miren raro por no ir depilada. de que me digan algo si me depilo
- del lenguaje no inclusivo
- de la violencia de género, feminicidios… de culpabilizar a la mujer
- de la presión estética
- Farto das sociedades binarias
- Farto das familias reproductoras
- Farta de calar a raiva
- Farta de me responsabilizar pela culpa
- Farta de alimentar silêncios com o meu silêncio
- do paternalismo quase tanto como do machismo
- Farta de sentir que o activismo chega sempre á(o)s mesma(o)s
- Farta do conservadurismo colaboracionista de moitas persoas que poderían ser aliadas e que o son mentre non estean en xogo os seus privilexios ou revirarse
- Farta da violencia das estruturas heteropatriarcais
- Farta da precarización das nosas vidas
- de ter de justificar o feminismo
- da dificuldade em falar
- de nos quererem desligitimizar
- Farta do machismo consentido
- da sociedade económica desigual
- Harta de trabajar en casa de interna
- Harta de que abusen de mi condición de inmigrante
- Harta de atender a señoras que me hacen sentir como si fuera de hierro. Que pasen de mí, que no les importo para nada. Sólo que no falte al trabaljo y que esté disponible para ellos siempre.
- Farta da pressão da unidade do feminismo: temos que estar juntas para avançar mas juntas sob a batuta do feminismo aposentado na verdade. Até onde vamos seguir relegando a diferença para construir unidade?
Porto, 11 Março 2017