de Ana Luíza Crispino

Me olhe,

Mas quero ver se consegue, nos olhos

Dos olhos que te veem

Porém encontram uma parede

Parede transparente, refletindo o outro

Um resumo do nada, o nada que me fornece

Esse olhar que se perde,

Perde para palavras, palavras e palavras

Essas que até eu tenho decoradas

Como posso esperar que me enxergue?

Como? Se você nem mesmo se enxerga?

Na verdade, se olhe

E quando (se) enxergar, me conte

Quero que me diga o que vê

Aí quem sabe…

compartilhar esses nossos olhares

Olhares que gostam, desejam

Choram e querem ser descobertos

Ter dimensão do despercebido

Pelo míope olhar

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Ana Luíza - Revista ReviradaAna Luíza Crispino nasceu em São Paulo, Brasil em 2000. Por mais que São Paulo seja uma das  suas grandes paixões, decidiu ir conhecer outros lugares. Ultimamente está morando no Porto, onde faz sua licenciatura em Artes Visuais na ESE, Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto. Começou esse ano a procurar e se envolver com projetos que abordam temas como a conexão com o feminino e a busca pelo autoconhecimento. Trabalha mais voltada a gerenciar mídias sociais, e anda cada vez mais a se aprofundar no mundo das artes.

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